quinta-feira, 23 de outubro de 2008

4ª Etapa do Waypoint Trail Challenge
Vale de Cambra
Apostar na Natureza, Ganhar o Futuro”


Foi a cidade de Vale de Cambra que recebeu a 4º etapa do Waypoint Trail Challenge, denominada “Apostar na Natureza, Ganhar o Futuro”, no passado dia 18 de Outubro. Com a Serra da Freita com muito para oferecer, esta prova prometia levar os participantes a descobrir locais fantásticos como por exemplo uma das maiores cascatas da Europa. Cedo os participantes começaram a chegar ao antigo edifício dos Paços de Concelho onde estava situado o secretariado, a sala do briefing e o parque fechado. Com pontos muito diferentes das outras provas, esta etapa proporcionava tanto estratégias muito difíceis com muitos pontos quase trialeiros, bem como estratégias muito fáceis para quem não se queria aventurar muito, sem deixar de conhecer as entranhas desta fantástica região.

Dada a partida para o terreno, muitas equipas decidiram rumar logo para o topo da serra ao encontro dos pontos mais bonitos, (pois neste aspecto esta prova prometia muito) deixando os pontos mais próximos de Vale de Cambra para o final, pois a chegada era no mesmo local onde era a partida. O ponto do almoço estava situado no topo da serra e os participantes tinham um intervalo horário de duas horas para o fazer, podendo assim delinear melhor a sua estratégia. Embora a organização tivesse imposto uma neutralização mínima no ponto do almoço de 30 minutos, as equipas acabavam por ficar mais, pois o convívio e a boa mesa assim o proporcionavam. Após o almoço e com o céu a ameaçar chuva, houve uma nova definição de estratégias pois muitos caminhos molhados seriam muito difíceis de fazer, bem como as aldeias da serra que estão situadas em escarpas e com as estradas em pedra.

No final, além do evidente cansaço geral, mais uma vez havia um contentamento evidente por terem superado a prova sempre comentando os fantásticos locais por onde passaram.

De seguida e após um banho quente, os participantes puderam apreciar a gastronomia local num jantar onde esteve presente como anfitriã a Vereadora da Cultura e Turismo da Câmara de Vale de Cambra, Dra. Célia Tavaresque entregou ainda os primeiros prémios e lembranças para todos.

A classificação final acabou por levar ao primeiro lugar a equipa19, Oeste Adventure, única a completar a estratégia de pontos difíceis, ficando em segundo lugar a equipa 31, Coimbra Trail Team, que optou por uma estratégia com pontos mais fáceis mas que no final se mostrou eficaz. Em terceiro ficou a equipa 3, Hingás/BOMCAR com uma estratégia mista fazendo uma mistura de pontos difíceis e fáceis, tendo sido a equipa que mais waypoint visitou num total de 22.

O Waypoint Trail Challenge terá a sua última prova de 2008 no próximo dia 15 de Novembro em Moura no Alentejo.





Comentários à prova:

Directora de Prova
– Catarina Almeida:

“Esta prova correu muito bem, e a família WTC não pára de crescer. O número de participantes chegou aos quarenta, sendo uma boa parte novas equipas. Mais uma vez tínhamos aqui um novo desafio, pois grande parte dos caminhos da serra estão alcatroados, mesmo os mais estreitos, e os outros são trilhos em pedra muito agressivos. Tivemos, desta forma, de arranjar estratégias que agradassem a todos, para que todos saíssem satisfeitos. Esta prova veio desmistificar a ideia errada que se tem do Waypoint Trail Challenge, mostrando que se pode fazer uma prova com pontos fáceis, muito pouca terra e caminhos pouco agressivos, ficando bem classificado, como o prova a equipa que ficou em segundo lugar. Esta prova só foi conseguida devido ao grande apoio da Câmara de Vale de Cambra à qual deixo aqui o meu sincero agradecimento, em especial ao Dr. Adérito Campos.


1º Classificado
- Equipa 19, Oeste Adventure - Ricardo Andrés e Paulo Barroso:

Sendo uma prova competitiva, tínhamos o objectivo de alcançar um bom resultado sem beliscar o verdadeiro espírito desta prova, que é o excelente convívio, entreajuda com os participantes, angariar novos amigos com este interesse comum, e parar para absorver as paisagens e os cheiros deste nosso Portugal, sensações indescritíveis já experimentadas no WTC anterior. O início foi um pouco atribulado, tivemos alguma dificuldade em dar com um ponto, que nos fez perder 1h30m. Com este cenário, fomos obrigados a alterar a estratégia e a abdicar de alguns objectivos traçados inicialmente. Estas dificuldades e o factor pressão, aumentam sem dúvida o interesse desta prova. O tipo de terreno (mais duro), as paisagens muito bonitas, os pontos (alguns autênticos desafios pessoais), e o contacto com a natureza (circular no meio de vacas e cavalos em ambiente selvagem foi único) fizeram com que ficássemos ainda mais viciados. Um bem haja á organização por nos presentear com uma das melhores momentos que vivi de moto, pelo empenho demonstrado, e um abraço a todos os participantes. Sem duvida que nos vemos no Alentejo no próximo dia 15.


2º Classificado
- Equipa 31, Coimbra Trail Team – Pedro Ferreira e João Curado:

Recorremos a uma estratégia muito simplificada: duas horas de manhã para fazer sete Waypoints fáceis, junto às aldeias e em direcção ao almoço. Após o bom almoço, tínhamos quatro horas para atingir os catorze pontos restantes, mais orientados para a serra e as suas belezas naturais. Da parte da tarde apenas nos deparámos com a chuva e o forte nevoeiro que se fez sentir na Serra da Freita. A simplicidade de estratégia e a maior preocupação com o mototurismo e lazer do que propriamente com o espírito competitivo, acabou por resultar num bom resultado final.


3ª Cassificado
– Equipa 3, Hingás/BOMCAR – José Francisco Hingá e José Armando Hingá:

Aprendemos qualquer coisa com as experiências anteriores: para se poder ganhar primeiro tem que se acabar!
Desta vez conciliámos um bom percurso com uma boa classificação, optámos por um trajecto bem definido tentando fazer a estratégia dos pontos mais difíceis mas fazendo o percurso em "anel" percorrendo o máximo de pontos no caminho (e em boa altura!). O percurso da manhã correu como previsto e chegámos cedo ao almoço sem perder muito tempo. O percurso da tarde na zona de Albergaria das Cabras corria bem até chegar a chuva e nevoeiro e tornar impossível a visibilidade do ponto de referência. A estratégia estava perdida mas valeu os inúmeros pontos difíceis já feitos,... valeu também os excelentes percursos fora de estrada e trialeiras que mais parecia "enduro puro e duro" , isto tudo com uma "cabra" de 200 Kg.






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